sexta-feira, 30 de março de 2012

Partilhas XXX

"Saudades... Sinto saudades de tudo o que marcou a minha vida. Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando oiço uma voz, quando me lembro do passado, eu sinto saudades... Sinto saudades de amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais me cruzei ou falei...
Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi com deve de ser! Daqueles que não tiveram como me dizer adeus;
... Sinto saudades das coisas que vivi e das que deixei passar, sem aproveitar na totalidade. Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o quê... não sei onde... para resgatar alguma coisa que nem sei o que é nem onde perdi." 

Não deveria ser...  Mas hoje sinto saudades... de tudo o que achei que já não ia sentir... de tudo o que resolvi "deitar fora"... sinto saudades do que fui, do que tive, de quem fui, de quem tive comigo dia a dia... e não me sinto tranquila com esta saudade, com esta ausência com ou sem motivo conhecido. Preocupa-me este "adeus" que ficou por dizer... e talvez nunca venha a ser dito, porque um dia, se acontecer o momento de o dizer, talvez já não faça sentido, talvez já tenha passado o tempo... talvez não, talvez no fim, se consiga dizer "adeus"... mas e até lá? 

Angustia-me pensar que vou passar uma vida longe de quem um dia foi responsável por aquilo que sou hoje. Como me angustia pensar que não vou acompanhar a vida daqueles a quem eu, de uma ou de outra forma, tento mostrar a importância de se ser pessoa pensante e que sente com a alma... 

Doi... doi a ausência, doi a saudade, doi a partida sem a oportunidade de se dizer o que se sente, o que foi bom, o que foi mau... mas dizer olhos nos olhos, com a hipótese de se ver e sentir a alma do outro que fica quando nós partimos, ou do outro que parte quando nós ficamos... 

E sinto muitas saudades de coisas que vivi, de lugares onde estive, de pessoas que viveram comigo, de coisas que vivi em lugares com pessoas... sinto saudades do tempo em que podia ter escolhido outro caminho... sinto saudades dos momentos importantes que vivi tão intensamente na planificação que não aproveitei a execução como podia... 

E hoje, tenho vontade de alguma coisa que não sei o que é, nem onde está... mas sinto que é alguma coisa que vem ocupar um espaço que ficou vazio quando eu perdi a alegria de viver, a esperança, a vontade... esta coisa que não sei bem explicar o que é, mas que me invade desde há um tempo, tempo esse que não sei definir... que aconteceu num momento e por uma razão que não consigo perceber qual foi... 

Simplesmente vivo um presente, sem recordar demais um passado, mas com saudades do que fui, do que tive, do que sonhei, daquilo em que acreditei e porque lutei... Hoje, estou... simplesmente estou... Acho que deixei de ir em busca dessa "qualquer coisa" que já lá vai e que me preenchia a vida, o tempo, a mente, a alma... E que não me permitia sentir a angustia que estas "coisas por resolver/arrumar" começam a causar em mim e me impedem de ser eu em plenitude. 

Há dias em que a vida nos troca o lado do caminho. E muito sinceramente, estou cansada... muito cansada, não fisicamente, não do trabalho ou da formação... da vida... da luta constante que é a vida e que tem coisas boas e más (sem dúvida)... Mas independentemente disso, estou cansada, muito cansada de tudo o que viver implica. Há dias, como hoje, em que só queria descansar... num descanso tranquilo...  Por muito que gostasse, hoje não consigo estar bem comigo, com o mundo e com a vida... Não sei se algum dia vou conseguir voltar a estar, por enquanto não estou...

quinta-feira, 29 de março de 2012

Desabafos XX

"Se te fizessem um diagnóstico de uma doença incurável agora, como te sentirias?"

Sinceramente, tranquila... por mim, tranquila. Muito preocupada em como iriam ficar os outros, mas por mim tranquila.
E uma coisa é certa, não quereria, de forma alguma, prolongar a minha vida de forma artificial. A vida tem o tempo que chegue para fazermos por cá aquilo que nos compete. Alguns levam mais tempo, outros levam menos. Mas todos partem no momento que tem que ser. nunca é cedo ou tarde, acredito nisso com muita força.

Se por algum motivo a minha vida estivesse a chegar ao fim, não ficaria angustiada, triste, revoltada, apenas preocupa com a dor dos que realmente me amam ou daqueles que me magoaram e a quem a consciência iria pesar. Preocupada pelo que todos esse iriam sentir. Por mim não. Talvez porque os meus sonhos são isso mesmo, sonhos... talvez porque não acredite muito na sua concretização... talvez porque, há algum tempo, tenha deixado de ver lá à frente... A vida é incerta... e dela espero e recebo tudo o que tem para me dar. O bom, o mau... o início ou o final.

O meu fim não me assusta, nada... O daqueles que amo, preocupa-me, assusta-me...

Se recebesse esse diagnóstico, procuraria forma de me manter com a máxima qualidade de vida, de forma a manter-me "eu" até o mais longe que conseguisse (sem prolongar desmedidamente aquilo que não deve ser prolongado). Viveria feliz até ao fim!

quarta-feira, 28 de março de 2012

Cafés XVI

Queria muito voltar a beber café contigo.

Sinto falta de te voltar a olhar nos olhos, de perceber tudo o que se passou e eu não cheguei a entender. Perceber francamente onde foi que te magoei, porque sei claramente que o fiz. mas mais que tudo isto gostava de te fazer entender isto:

"Uma amizade assim não tem fim, mas tem principio e meio, e no meio de tudo isto só te posso dizer, que o mundo nao teria a mesma luz se tu nao fizesses parte dele." (MRP)


Era isto que eu queria que entendesses, que ficou uma amizade grande, carinho, respeito, admiração... e agora, na tua ausência (seja ela porque motivo for) fica uma saudade grande... muito grande...


Nas horas que passo no carro, recordo muitas vezes as nossas conversas, os nossos cafés, as nossas partilhas... e sorrio, sozinha no carro, a relembrar um passado recente que não consigo, ainda, sentir que é passado... acho que é um presente adiado, só isso. 


Gostava de fazer esse presente real, por tudo o que foi, por tudo o que poderá vir a ser, por tudo... por ti, por mim... mas principalmente pela amizade que ficará para sempre.


Dois cafés?

Porquês XIV

Amar alguém é das melhor experiências da  vida. É a sensação de que há razão de caminhar, de acreditar, é tudo aquilo que não se consegue escrever ou descrever. Mas há alturas na vida em que temos que ser capazes de deixar de amar. Porquê?

Deixar de amar alguém para nos continuarmos a amar a nós mesmos?! Deixar de amar alguém porque queremos que essa pessoa se ame a ela própria?! Deixar de amar alguém porque esse amor não poderia ser bom para ninguém?!

Porquê?

"Porque é que não te posso ir amando até que tu me consigas amar?" Porque o amor não é assim... Porque não acontece ou deixa de acontecer de forma planeada. Porque quando se ama esse amor não acaba (acredito cada vez mais nisso) e assim sendo não dá para ir amando enquanto se espera que alguém nos venha a amar a nós. Podemos amar sem esperar nada. 

Amar porque sim... porque amar é assim, às vezes fazer o contrário daquilo que temos vontade, às vezes fazer exactamente aquilo que temos vontade.

Acho que comecei a amar-te sem perceber, sem querer, e sabendo que não o devia fazer. Porque é que não te consigo dizer: "vou amar-te calmamente até que o tempo nos leve no caminho que devemos seguir"?!

domingo, 25 de março de 2012

Partilhas XXIX


Geme o restolho, triste e solitário
a embalar a noite escura e fria
e a perder-se no olhar da ventania
que canta ao tom do velho campanário

Geme o restolho, preso de saudade
esquecido, enlouquecido, dominado
escondido entre as sombras do montado
sem forças e sem cor e sem vontade

Geme o restolho, a transpirar de chuva
nos campos que a ceifeira mutilou
dormindo em velhos sonhos que sonhou
na alma a mágoa enorme, intensa, aguda

Mas é preciso morrer e nascer de novo
semear no pó e voltar a colher
há que ser trigo, depois ser restolho
há que penar para aprender a viver
e a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim, dia não
é feita em cada entrega alucinada
p'ra receber daquilo que aumenta o coração

Geme o restolho, a transpirar de chuva
nos campos que a ceifeira mutilou
dormindo em velhos sonhos que sonhou
na alma a mágoa enorme, intensa, aguda

Mas é preciso morrer e nascer de novo
semear no pó e voltar a colher
há que ser trigo, depois ser restolho
há que penar para aprender a viver
e a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim, dia não
é feita em cada entrega alucinada
p'ra receber daquilo que aumenta o coração
 
E hoje acordei com vontade de morrer e nascer de novo... e entregar-me de forma "alucinada" àquilo que me continua a fazer sentido... aquilo de que sinto tanta falta... aquilo que tentei negar... aquilo que não sei se algum dia passará de um "velho sonho"... Quem sabe um dia me "aumente o coração"... 
Tenho saudades de um tempo, de uma pessoa, de uma alegria, de uma confiança e de uma partilha que teima em não querer voltar...

sexta-feira, 23 de março de 2012

Pessoas V

Olho para ti e consigo ver alguém com quem posso contar. Consegues transmitir uma serenidade e uma confiabilidade que não consigo descrever, mas que sinto de forma muito sincera e real. 

Sempre soube que um dia ia conhecer alguém em quem encontraria o mesmo gosto pela conversa, a mesma necessidade de expressar sentimentos e mostrar o que sente (de bom e de mau). 

Gosto quando chegas com má cara e te pões a disparatar para o ar, começas a falar de situações tuas como se fosse uma situação genérica. Gosto da forma como escreves/descreves o que sentes, o que te vai na alma e no coração. Gosto quando fazes um ar aborrecido com algumas pessoas que gostam de bricolage e animais (entre outras coisas descontextualizadas). Gosto de sorrir contigo, gosto de rir contigo... Acredites ou não, gosto de chorar contigo, apenas e só porque sinto que é um choro compreendido...

Admiro-te. Admiro o que já me contaste de ti, mas mais que isso, admiro aquilo que vejo em ti, aquilo que sinto em ti, aquilo que sinto quando estou contigo. Eu sei que ao longo destes anos de vida (poucos é verdade), já me enganei, e muito, naquilo que avaliei serem algumas pessoas, mas contigo sei que não me estou a enganar. É difícil explicar porquê, mas foi fácil, foi simples desde o início e isso é sinal de que é verdadeiro, não houve tempo para criar capas, mascaras, personagens.

És para mim a prova de que ainda há pessoas confiáveis, pessoas com quem vale a pena partilhar aquilo que somos verdadeiramente. Por isso tenho a agradecer-te. 

Para mim é fácil gostar de ti, é fácil sentir-te como parte do meu ser e da minha vida.

Deixa-me serena estar contigo, saber que posso contar e confiar. 
Mais do que agradecer, quero dizer-te que foste e tens sido uma luz nova e muito positiva. 

Tens um lugar na minha vida e este será teu "aqui, para além daqui", hoje e para sempre!
 

domingo, 18 de março de 2012

Eu VI

Acredito que na vida tudo tem uma explicação, mas começo agora a aceitar que nós não temos que perceber o porquê de tudo, há situações que simplesmente nunca vamos descobrir porque se deram desta maneira e não de outra. 

Apesar de tudo isto, incomoda-me não perceber porque é que eu te mandei embora, porque é que criei uma segunda pessoa, impaciente, injusta, cruel... Mais do que entender o porquê, deixa-me triste perceber que isso te levou para longe, para tão longe que agora mal te consigo sentir...

Esta semana dei por mim a olhar para o telefone à espera que me voltasses a ligar, que me mandasses uma mensagem, simplesmente que me desses um sinal de que ainda sabes quem eu sou verdadeiramente. E senti a tua falta de forma muito particular estes dias...Falta de sentir que o carinho era real...

Custa-me não conseguir construir o puzzle, porque levaste contigo a peça que falta e começa a parecer-me que não vais querer coloca-la mais. 

Os últimos momentos de 2011 e os primeiros de 2012 foram demasiado confusos. Não apenas por ti, mas por uma quantidade de situações inesperadas, tristes, e que eu não consigo entender... Tu ganhaste um espaço muito especial em mim com o passar do tempo e dói-me muito que já não o queiras ocupar mais... principalmente porque sinto que fui eu que te expulsei sem pensar que o estava a fazer. 

Será errado pedir para que voltes a ocupar o teu lugar?

quarta-feira, 14 de março de 2012

Erros II

Querer voltar atrás no tempo. Num ou noutro momento da nossa existência, gostaríamos de ter a capacidade de voltar a momentos passados e mudar alguma coisa, ou recuperar momentos, pessoas, objectos que ficaram lá atrás. 

Falando das pessoas, é errado querer recupera-las. Ou melhor, é errado querer que determinada pessoa volte a ser aquilo que foi para nós há 5/10 anos atrás. No ciclo sem fim que é a vida, tudo e todos mudam. Ainda que nas pessoas, a sua essência se mantenha, elas não voltam a ser o que já foram. As relações quebradas não voltam a ser o que já foram. e o erro não é não voltarem a ser o que já foram, o erro é nós querermos que voltem a ser e não termos a capacidade para nos tentarmos adaptar às novas realidades antes de bater com a porta porque já não é como era.  

Por outro lado, é também errado, querermos manter pessoas na nossa vida que pelas mudanças que foram sofrendo já não nos fazem sentido. Não é errado que tenham deixado de fazer, simplesmente ocorreram mudanças que fizeram com que isso acontecesse. É bom que tenhamos mudanças nas nossas relações, isso permite com que novas pessoas nos tragam novas experiências, novos conhecimentos, novas descobertas. E por outro lado, deixar pessoas no passado vai-nos permitindo treinar para perdas maiores e definitivas. 

Errado não é partir, é não ser capaz de permitir que os outros partam, deixando em nós todas as marcas que foram capazes de fazer, boas ou más, todas responsáveis pela pessoa em que nós próprios nos vamos transformando. 


domingo, 11 de março de 2012

Encontros IX

Ontem quando aquela criatura perguntou: "Vocês são?", já descobri o que  deveríamos ter respondido.

Então:
1 - somos dois seres humanos, em processo de crescimento, aprendizagem, construção e descoberta;
2 - somos duas pessoas com sonhos;
3 - somos indivíduos de garra e determinação;
4 - somos jovens adultas que fazemos parte de uma geração que não sabe lidar com o NÃO (segundo dizem alguns), mas já ouvimos e dissemos uns quantos e não "morremos" por isso.

Mas para além disto tudo, somos duas mulheres lindas, por fora e por dentro. Com um caminho inteiro para aumentar ainda mais essa beleza, sem perder a essência e o sentido de existência que nos move.
Somos duas amigas, em processo de (re)conhecimento, de partilha, e de amadurecimento conjunto. 

Há encontros especiais, como há (ainda acredito) pessoas especiais. Ontem, percebi que somos amigas de verdade! Era isso que devíamos ter respondido: SOMOS DUAS AMIGAS HÁ PROCURA DA ESSÊNCIA DA VIDA!  Mas acho que a criatura não perceberia, porque isso só nós e quem nos ama pode perceber. 

Obrigada pelo encontro, não o de ontem, mas o da vida...

Histórias XXX

A lua mostrava-se cheia num céu limpo e escuro, próprio de uma noite de primavera. Depois de jantar, ligou a dois ou três amigos e combinaram encontrar-se numa explanada junto ao mar. 
Arranjou-se, não muito, mas o suficiente para sentir que não saía para mais um dia de trabalho. Entrou no carro, ligou o rádio, cantou o caminho todo, música depois de música. Era uma noite leve, há muito que lhe fazia falta uma noite assim.
Foi a primeira a chegar, escolheu a mesa, sentou-se e enviou mensagens a dizer que já lá estava. Recebeu a primeira resposta a cancelar, a segunda a dizer que estava muito atrasada, a terceira com uma qualquer justificação para não ir. E sem que imagina-se  aquela noite tinha-se transformado numa tragédia. De repente estava sentada numa mesa de explanada cheia de grupos de pessoas a rirem e a conversarem, sozinha, e consciente que a sua companhia não ia chegar tão cedo. 
Acabou por pedir uma bebida qualquer, e deixou-se ali ficar, sentada a ver o mar, a ouvir a música, a desfrutar a sua bebida e a... esperar... esperar... esperar...

Quando se voltou, virando as costas ao mar, viu-o, ali sentado, sozinho... Vestia aquela camisola vermelha que lhe tinha oferecido no último aniversário que partilharam. Os seus olhares cruzaram-se, ele sorriu-lhe... Levantou-se e simplesmente sentou-se na sua mesa. 

Horas depois, estavam sentados na areia de frente para o mar, a conversar sobre tudo e todos, sobre presente, passado e futuro... O tempo passou, as pessoas foram entrando e saindo... E eles premessem ali...

Aquela noite que no início parecia incrível e que depois passou a desastrosa, acabou como surpreendente.
Quando regressa a casa pensa: A vida é surpreendente, tudo tem um tempo e um motivo, basta acreditar.

segunda-feira, 5 de março de 2012

cartas XII

Depois do que aconteceu ontem, não há muito a dizer. Mas quero informar, a ti, e a todos. Que esta categoria acabou. E com ela enterrei alguém que já não tem espaço na minha vida. 

Nada justifica o caminho que escolheste. Não depois de tudo o que aconteceu. Descobri ontem, que foste a pessoa que mais me magoou desde sempre. E desta vez, sinto-me completamente de consciência tranquila... Eu estive lá... entrei numa guerra que não era minha e no fim fui a única que saí ferida. 

Não sei se algum dia irás ler esta carta. Mas se assim for, espero que tenhas consciência que não voltarás a ler mais nenhuma. Ontem queimei tudo o que tinha que me fazia lembrar a "amizade" mais oportunista que alguma vez vi. Ontem deitei-te fora para sempre. 

Se passar por ti na rua, mudo de passeio para não correr o risco de ser contaminada por tão mau carácter... se tiver que partilhar o mesmo espaço físico que tu, farei de conta que não existes... Porque para mim, não existes.

Ainda assim, espero que um dia consigas ser feliz.

domingo, 4 de março de 2012

Dias XIX

Um dia vou ter vontade de me ir embora!

Hoje é esse dia. Acordei a sentir-me tão triste, tão magoada. A sentir-me tão sozinha, tão vazia, tão "roubada"...

Acordei com vontade de me ir embora daqui. Não de casa, mas deste sitio onde estão pessoas que me "roubaram" a alegria, me "roubaram" a capacidade de acreditar nos outros... 

Hoje acordei com vontade de me ir embora... sem pensar no que deixo aqui... porque, começo a sentir, que não deixo muito... Que rapidamente a minha ausência ia ser natural... 

sábado, 3 de março de 2012

Sonhos IV

Descobri nos últimos dias que tenho um sonho novo. Gostava de escrever um livro com a história de vida de alguém ou de "alguéns"...

E não, não de alguém mediático, de alguém simples, mas com vida, com a sua vida, com a sua história. Gostava de conseguir eternizar, em palavras a vida de algumas pessoas que mais dia menos dia nos vão deixar e tem tanto para partilhar, tanto para nos ensinar.

E fica mais um sonho partilhado... Quem sabe se venha a realizar dentro de algum tempo.

Cafés XV

Café após café, uma leitura depois da outra, uma frase, um novo documento, mais conhecimento... Assim têm sido as últimas noites...

E hoje a secretária ficou assim: um computador, umas folhas soltas, uma caneta... e uma chávena de café.

Um café de retorno à vida, às pessoas, aos sentimentos, às emoções... Um tempo de reflexão de quais são os pontos bons e maus das últimas escolhas de vida e das muitas horas de "vida" que se deixam passar ao lado... 

Em cada café solitário no aconchego do lar e na serenidade da existência em família encontra-se a paz necessária aos momentos de reflexão. Uma reflexão necessária após períodos de muita agitação.

Percebe-se que há fases de vida em que os dias nos fogem, as pessoas ficam mais longe da nossa existência e nós da delas, mas são fases que nos realizam, que nos fazem mais felizes, que nos ajudam a crescer e mais que isso, nos ajudam a ser melhores pessoas, a valorizar ainda mais cada segundo da nossa vida, cada momento que partilhamos com os outros... 

Quero apenas aproveitar para responder ao convite que me foi feito hoje: Sim, vamos tomar café no próximo fim de semana. Será mais um momento de partilha e que resulta deste caminho de muita agitação. 

Há sempre um lado bom, naquilo que nos consome muita energia e, às vezes, nos tende a deixar mais tristes... Nem que seja o pretexto para um café para desanuviar...

Desabafos XIX

"É verdade que o Amor acaba sempre por nada. Ou quase nada. O que a mim me custou a perceber, nesta vida, é que também é assim que ele começa. Por nada. ou quase nada." (B.A.)

O Amor acaba?