sábado, 24 de setembro de 2011

cartas IV

Ternura é amar devagarinho, docemente. Dia a dia. Todos os dias.

"Esta frase traduz um bocadinho daquilo que sinto por ti... 

...amar devagarinho... para que não te assuste, para que não tenhas medo, para que te vás adaptando à minha presença e a mim, para que nos vamos moldando às necessidades de ambas... E é neste amar devagarinho que te vou conhecendo e reconhecendo, é deste forma que com outro olhar vou chegando a ti...

... docemente... apercebi-me que a doçura é mais tua que minha... a verdade e que eu deixei de ser tão doce, tão meiga como fui noutros tempos... acho que foi a vida que me transformou... claro que continuo a ter muito carinho, muita ternura... mas já não o mostro da mesma forma... já tu, passas-te a ser muito mais meiga do que foste noutros tempos e se por um lado isso me agrada, por outro deixa-me triste, porque eu já não consigo ser assim... talvez um dia o recupere...

... Dia a dia... assim tento, ainda que em alguns dias seja menos terna, também nesses dias te tento mostrar o quanto me és importante... e tento que sintas que a cada dia eu estou mais próxima, menos receosa e mais presente...

... Todos os dias... perto ou longe, mais visível ou menos visível... a minha ternura existe até nos dias em que me sinto desapontada ou magoada...

Fecha os olhos... respira fundo... venha o que vier será superado: devagarinho, docemente, dia a dia, todos os dias e contarás sempre com a minha ternura... 

Aqui, aí... ontem, hoje e amanhã... sempre ao teu lado..."

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