terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Família II

Uma criança no outro dia comentava que estava a fazer a árvore genealógica na escola e não havia espaço para os tios. 

Hoje resolvi passar algum minutos da minha manha a reflectir sobre este facto. E parece-me que hoje muitas famílias ainda se prendem à estrutura rígida das árvores apresentadas nos livros escolares, àquilo que aprenderam enquanto crianças.  

A família é na verdade uma pintura abstracta e moldável à medida que o tempo vai passando, há traços mais difíceis de desenhar, que nos fazem partir o bico do lápis dezenas de vezes, mas se forem para ser feitos serão. E desses traços quantos outros vão sair? Não sei, nem ninguém sabe, só no fim se podem contar quantos são os traços pertencentes à vida de uma família. 

Quantos traços se intercruzam? Quantas pessoas se ama? Que pessoas se cuidam entre si? Quantos laços se quebram? Não sei responder a nenhuma destas perguntas, sei apenas que nada é rígido na vida do ser humano, e como uma família é constituída por seres humanos... Também ela não pode ser rígida. 

Acho que as escolas deviam repensar os modelos de família que apresentam e acho que as pessoas deviam saber aceitar as mudanças e perceber que uma mudança leva tempo a acontecer, mas acontece e acaba por correr bem!

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