quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Crianças V

Um dia vi uns braços abertos e um sorriso que saltava nos olhos... Ainda que a distancia de um monitor não permitisse sentir o toque, foi dos melhores abraços que alguma vez senti. 

Há crianças que sentimos como nossas mesmo sem serem. Que nos enchem a alma, o coração e a cabeça. Nos preocupam como se fossem nossas. Sentimos por elas as dores, as ansiedades, os medos. Passamos horas à espera de novidades, noites acordados a pensar no que irá acontecer. E estas crianças não são nossas, mas o que sentimos não é isso. 

Foste rápido a entrar no meu coração, e no meu mundo de preocupações. No meio de todas as dificuldades, no meio de tudo o que aconteceu hoje, o que mais me preocupa és tu e tudo o que isto te está ou virá a causar!

As crianças não têm culpa das asneiras dos adultos, não têm... e se tu, és, sem culpa, a causa de uma parte de toda esta confusão e de muita desta dor, és também a causa de muitos sonhos e de muitos sorrisos. 

Eu sei que talvez nunca venhamos a estar lado a lado, e talvez nem nunca venhas a saber quem sou, ou quem fui... Mas independentemente disso, acho que te consegui amar... acho que te consegui desejar efectivamente na minha vida, acho que sonhei contigo muitas vezes... mas uma coisa tenho a certeza, preocupei-me, muito, mas mesmo muito contigo ao longo deste tempo...
E hoje, sei que te devo um pedido de desculpas... por, de alguma forma, estar a causar esta tempestade na tua vida... se algum dia te vier a ter ao meu lado, espero que me perdoes, me aceites e me deixes amar-te...

Sabes R, aconteça o que acontecer valeu pelo pouquinho que foi sentir que tinha um "filho" para amar!

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