domingo, 27 de outubro de 2013

Partilhas XXXVII

Pedes-me espaço, pedes-me para ficar sozinho e eu fico sem saber o que sentir, o que pensar, o que fazer. 
Deixar-te é talvez das maiores dificuldades, porquê? Porque é assim... Não há razão... Porque te amo, é verdade, porque não te quero longe, não mais longe que estes quilómetros já nos deixam... Mas serão isso razões validas? Amar não é deixar livre?  

Surgem as perguntas, e delas surge a certeza de que te posso deixar ficar sozinho por um pouco, porque sei que vais voltar, porque confio em ti, no teu amor, no nosso caminho.

Na agitação dos dias, esquecemo-nos que a noite chega e que tem que ter valido a pena tudo o que se fez, que tem que se chegar à cama e sentir que demos mais um passo em frente, ainda que a meio da tarde tivéssemos dado 3 ou 4 atrás... Mas à noite é tempo de reflexão, de olhar para dentro e perdoar quem amamos e perdoar-nos a nós, para que ao amanhecer, mais um dia comece na expectativa de ser mais um passo em frente, mais um degrau subido.

Pedir perdão não faz o tempo voltar atrás, nem as feridas deixam de aparecer, mas mostra que o amor que se sente é mais forte e mais importe! Nem sempre o que nós sentimos como ferida é percebido pelo outro... nem sempre o dizemos, mas sempre o sentimos!

O amor incondicional passa pela aceitação plena do que somos, de como somos, mas não implica uma incapacidade de mudança e adaptação de parte a parte, mas implica, isso sim, a capacidade de perdão e de aceitação do que o outro é e do que o outro necessita.

É o momento de o longe ficar finalmente perto, de a ausência dar lugar à partilha e de o sentimos deixar de ser de se estar "a mais" ou a "perturbar", para passar a ser o de "fazer parte imprescindível do caminho" presente e futuro.

É tempo de dizer sim ao que és! De ouvir um sim ao que sou! E de aceitarmos que a vida só faz sentido juntos!

Amo-te Minha Vida!

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