terça-feira, 5 de março de 2013

Cafés XXII

As certezas foram dando lugar ás dúvidas, as esperanças ao medo, os sonhos à desilusão... À medida que o tempo ia passando, o caminho que fazia cada vez mais sentido, parecia cheio de nevoeiro e com muitos outras alternativas a aparecerem...   

As noites davam lugar aos dias, sem que o sono conseguisse permanecer todo o tempo que devia. O sorriso deu lugar às lágrimas e à cara cansada e triste... 

O tempo trouxe consigo um cenário frio, triste e cinzento que nunca pensou que viria a acontecer. 

Sentiu-se determinada a mudar o rumo dos acontecimentos. Entrou no primeiro café que encontrou. Sentou-se à mesa, pediu um café. Ligou o computador à sua frente e começou a escrever uma carta. A carta tinha já mais de duas páginas, ali está a tentar transparecer tudo o que há dias não lhe saía do pensamento. Escreveu sem parar, até que sentiu que não havia muito mais a dizer. Guardou o documento, desligou o computador, pagou o café e saiu. 

A carta foi entregue às pessoas que pretendia que fossem, foram quatro cartas... Mas não foram entregues por si... E quando os destinatários as receberam já ela estava do outro lado do oceano, sentada a olhar o mar com uma chávena de café entre as mãos. 

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