Encontraram-se, deixaram-se levar pela emoção, deixando de lado a razão que mais tarde se fez notar e os levou ao afastamento.
Passaram meses, cada um no seu canto, a lembrar e a sentir saudades de tudo o que tinham vivido, a pensar em como teria sido diferente se tivessem tido a sorte de se encontrar anos antes no caminho da vida. Mantiveram contacto até ao dia em que ela resolve que não podia continuar a alimentar uma situação que nunca passaria de um sonho.
Afastaram-se, deixaram de falar, de saber um do outro, de acompanhar (ainda que há distância) o evoluir da sua existência.
Um dia, por acaso, numa conversa de pessoas comuns aos dois, ele percebe que ela estava doente... Parou por momentos a ouvir quando alguém dizia que ela estava internada, que a situação era complicada e que a injustiça da vida mais uma vez se fazia sentir. Ficou calado, com o olhar parado, sem sentir, sem falar, por momentos até sem respirar... Volta a si, e percebe que tem que arranjar maneira de a ir ver...
No dia seguinte, pela manhã, chega ao hospital, procura o seu quarto e pede para a ver fora do horário de visitas, é-lhe dada autorização... Quando entra no quarto e a vê, escorrem-lhe pelo rosto dois fios contínuos de dor...
Ela está ali, deitada, de olhar fixo na janela, não quer olha-lo, não quer falar... apenas lhe diz: "Há uns anos, fizeste a escolha correcta."
Ele chora e diz-lhe: "Perdoa-me ter sido cobarde"
Ele sai, e pouco depois ela parte na serenidade do final de um caminho feliz!
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