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segunda-feira, 5 de março de 2012

cartas XII

Depois do que aconteceu ontem, não há muito a dizer. Mas quero informar, a ti, e a todos. Que esta categoria acabou. E com ela enterrei alguém que já não tem espaço na minha vida. 

Nada justifica o caminho que escolheste. Não depois de tudo o que aconteceu. Descobri ontem, que foste a pessoa que mais me magoou desde sempre. E desta vez, sinto-me completamente de consciência tranquila... Eu estive lá... entrei numa guerra que não era minha e no fim fui a única que saí ferida. 

Não sei se algum dia irás ler esta carta. Mas se assim for, espero que tenhas consciência que não voltarás a ler mais nenhuma. Ontem queimei tudo o que tinha que me fazia lembrar a "amizade" mais oportunista que alguma vez vi. Ontem deitei-te fora para sempre. 

Se passar por ti na rua, mudo de passeio para não correr o risco de ser contaminada por tão mau carácter... se tiver que partilhar o mesmo espaço físico que tu, farei de conta que não existes... Porque para mim, não existes.

Ainda assim, espero que um dia consigas ser feliz.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Cartas XI

"Independentemente das voltas que a vida dá, tu habitarás eternamente o meu coração"

Hoje deitei-me com este "habitarás eternamente o meu coração" na cabeça, e não consegui adormecer, tenho dado voltas e voltas na cama e o sono teima em não vir... Não sei se ainda faz sentido escrever-te (ou mesmo se algum dia fez)...

Eu sei que na vida poucas coisas são dictómicas... e entre o sim e o não há uma infinidade de hipoteses... Mas também sei quando me estás a afastar... e nesta fase, nunca me pedirias espaço... Nem tentaste perceber como me senti no sábado, nem reagiste ao que te contei (na verdade, fiquei sem saber se já sabias ou não)... 

Tens razão, disse coisas muito más há umas semanas, mas nunca te escondi o porquê do que estava a fazer... e sim, tens todo o direito de querer olhar por e para ti... só que neste momento eu precisava de um abraço, aquele que esperava que me tivesses dado na quarta-feira e não deste... aquele que te quero dar há semanas e não deixas... 

Neste momento, só queria sentir que não perdi tudo e que ainda há alguma coisa verdadeiramente importante pela qual vale a pena cá estar. E se os últimos dias têm sido agitados tem sido para não ter tempo para parar e pensar no que me a vida me fez ou eu lhe fiz a ela... viver a correr, não deixa tempo para pensar, mas quando se pára, percebe-se que há cada vez menos motivação para seguir em frente... talvez as quedas não nos tornem mais fortes, talvez nos vão fazendo, a pouco e pouco, perder as forças...

Hoje só queria ter ido almoçar contigo, sentar-me 5 minutos ao teu lado, olhar-te nos olhos, dizer-te que te Adoro e dar-te um abraço...

Eu preciso de ti, todos os dias...és das poucas pessoas por quem eu sinto que vale a pena lutar... por favor, não me tires uma das poucas coisas que me faz sentir verdadeiramente importante para alguém... não me tires a oportunidade de estar contigo, de saber de ti...

domingo, 20 de novembro de 2011

cartas X

Domingo, 8 da manhã e estou sentada com o computador no colo a olhar o céu azul lá fora, está frio, um frio muito parecido àquele que tenho sentido dentro de mim mesma.
Nas últimas semanas tenho sentido a tua ausência, tenho sentido a minha própria ausência dentro de mim e na tua vida. Tenho saudades tuas, não só dos nossos almoços, dos nossos 5 minutos para um abraço, mas tenho saudades de sentir-me aí e de sentir-te aqui.

Hoje acordei a pensar em ti, a sentir a necessidade de um abraço, não porque esteja triste, mas porque te quero pedir desculpa por tudo o que tenho dito e feito nas últimas semanas. Porque queria que soubesses, que sentisses que me fazes falta, que te quero aqui, que quero partilhar contigo as minhas conquistas, as minhas angústias, as minhas lágrimas e os meus sorrisos. 

No sábado não poderei dizer aquilo que realmente gostaria, por isso passo a escreve-lo aqui:
Há pessoas fundamentais no nosso processo de vida, tu és uma dessas pessoas. Ao longo destes anos foste parte importante da minha criação de princípios, da forma como eu sentia e via a vida. Quero que sintas que a vida me deu o privilégio de escolher uma irmã, e eu escolhi-te a ti, a melhor de todas, a única que poderia desempenhar esse papel de forma tão real, tão certo. Os próximos anos, quero continuar a ter-te a meu lado dia a dia, às vezes de costas voltadas, outras de mãos dadas, é assim a vida, é assim quando gostamos realmente de alguém. 
Obrigada por estares comigo ao longo de todos estes anos, obrigada por aquilo que me fizeste crescer com as dores e as alegrias... Obrigada por me ensinares o verdadeiro significado da "TERNURA".

Adoro-te Mana do meu coração!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Cartas IX

"O amigo que consegue estar calado connosco num momento de confusão ou desespero, que pode ficar ao pé de nós numa hora de desgosto e pesar, que tolera não saber… não curar…é este o amigo que verdadeiramente quer saber de nós." (Henri Nouwen)

Tu és esta amiga verdadeira e eu sei que  sim, não tenho dúvidas disso, nenhumas mesmo. Aliás és bem mais do que uma amiga verdadeira, és a minha Mana, a minha mana mais velha, mas daquelas verdadeiras, daquelas que faz asneiras, que precisa de colo e de levar na cabeça, que me dá colo, que me dá na cabeça, que me adora e de quem eu gosto mais que muito... Não és perfeita? Quem é? E se fosses perfeita não te achava piada, gosto de ti assim, distraída, egocêntrica, brutinha... 

Mana, a única coisa que te está a faltar é perceber que não tens que saber tudo e muito menos tens que curar as minhas feridas, não deves querer fazê-lo, nem eu devo esperar que o faças...

Sinto-me mal por saber que estás triste porque pensas que não consegues chegar a mim, consegues, acredita que consegues, achas que se não conseguisses sabias metade do que sabes? Achas que se não conseguisses eu te pedia para me abraçares? Achas que se não conseguisses cá chegar eu me dava ao trabalho de pensar em ti a cada dia? 

Mana, estamos a aprender juntas a ser o melhor uma para a outra, não te sintas triste, simplesmente compreende que eu sempre resolvi os meus problemas sozinha e agora é difícil partilha-los... 

Queres que te prove que chegas a mim? Na segunda quando formos almoçar, deixa-me deitar a cabeça no teu colo e deixa-me chorar... pergunta o que quiseres, mas pergunta-me a olhar nos olhos...  

Acredita que o simples facto de ter quem me diga "bom dia" e "dorme bem" todos os dias é mais de metade daquilo que eu preciso... é isso que mais me faz falta, mais do que tentares arranjar uma solução para os meus problemas, eu preciso simplesmente de sentir que quando bater no fundo (novamente) vou ter um colo, vou ter um ombro, vou ter alguém que me vai abrir os braços sem julgar... e isto eu sei que tenho em ti...

Por favor, aceita que chegaste a mim, aceita que és a melhor mana do mundo e... NÃO FIQUES TRISTE, por favor!
Adoro-te Mana do meu coração!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Cartas VIII

Cada um que passa na nossa vida passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui outra. Cada um que passa na nossa vida passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa sós. Leva um pouco de nós mesmos, deixa um pouco de si mesmo. Há os que levam muito; mas não há os que não levam nada. Há os que deixam muito; mas não há os que não deixam nada. Esta é a maior responsabilidade da nossa vida e a prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso.
(Antoine De Saint-Exupéry)

Cada um que passa na nossa vida passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui outra.
És uma pessoa única, com todas as características que fazem de ti esse ser detestável e adorável em diferentes momentos... Trouxeste à minha vida o sabor da “loucura”, da compreensão, a certeza de que tinha alguém que me conhecia e em quem podia confiar...Não foi fácil chegar a ti, vestes uma capa, mantens essa postura pois dizer ser “ má pessoa”...Mas por alguns momentos pude conhecer-te... verdadeiramente?! não sei, pelo menos vi para lá da capa, não sei quão fundo fui, mas fui o suficiente para ter ficado fascinada...
Não apareceste para substituir ninguém, ocupaste, lentamente, o teu espaço, na minha vida, na minha história, no meu pensamento, no meu coração...

Cada um que passa na nossa vida passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa sós. Leva um pouco de nós mesmos, deixa um pouco de si mesmo. Há os que levam muito; mas não há os que não levam nada. Há os que deixam muito; mas não há os que não deixam nada.
Quanto levaste tu não sei, não faço ideia! Levaste conversas, sorrisos, segredos, sonhos, momentos de serenidade, uma experiência diferente? Não sei se levaste tudo isto, mas espero que tenhas levado a certeza que foi muito importante para mim...Espero que me tenhas levado contigo, por mais irrelevante que tenha sido para ti!
O que deixaste, isso sei... Mas é difícil descrever. Deixaste momentos bonitos, deixaste muito carinho, confiança, ensinamentos importantes... Deixaste-me a ideia de que sou uma pessoa especial! Mas deixaste também um rasto de incerteza, de dúvida, de confusão... Porquê? O que é que aconteceu? Afastares-te assim, mas porquê?
Espero que tenhas levado o suficiente para um dia queres voltar...

Esta é a maior responsabilidade da nossa vida e a prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso.
E que mais há a dizer? Houve uma razão, teve que haver. Tudo fez sentido, naquele momento, naquele contexto, com aquelas pessoas que éramos.
Resta-nos perceber que tudo muda e que isso faz com que tenhamos que reinventar o nosso espaço na vida uns dos outros!
Espero que voltes, continuas a ter um espaço para ti nos meus dias...


Enfim, duvido que algum dia chegues a ler isto, mas fica o registo de que continuas a ser importante para mim, e que não te quero esquecer, porque não devemos esquecer as pessoas importantes na nossa vida, quero apenas reposicionar-te na minha vida!
Fico à espera que um dia resolvas voltar, simplesmente voltar, já nem quero perceber o que aconteceu, quero apenas voltar a saber de ti...

(escrita há muito tempo para ti e perdida num outro espaço... agora já aqui está...)

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Cartas VII

"Amavelmente, vais enchendo o meu caminho com as minhas flores predilectas. Silenciosamente, a minha vida agradece-te diariamente por todo o bem que  me fazes" (Goethe)

É curioso sentir essa amabilidade, essa forma serena como tens tentado encaminhar tudo. Quando no outro dia comentavas que agora tudo corre melhor, é claramente responsabilidade tua, ainda que nem sempre consigas chegar a mim, a verdade é que tens lidado muito bem com a minha frieza e o meu afastamento e isso é uma belíssima forma de me cativar. Conseguires ir-te mantendo e tentares chegar a mim é prova der que queres mesmo ficar, porque acredito que depois do que te fui fazendo estes últimos dias, caso não quisesses ficar, já terias batido com a porta... 

Eu sei que nem sempre te consigo agradecer por teres voltado a mim, e por cá estares agora, sei que não sentes que me fazes bem... Mas lá está a forma que tenho de agradecer é, por vezes, silênciosa e contrária ao que realmente sinto.
Não quero que te vás embora, nem saberia já passar os meus dias sem as tuas mensagens... Sabes, ao fim da tarde quando já estou no carro de regresso a casa venho sempre a pensar o que terás escrito no email que sei que vou ter para ler quando chegar a casa, e nos dias em que não tenho email nenhum é uma desilusão... É bom ter alguma coisa porque que esperar, é reconfortante sentir que temos alguém que se preocupa connosco, que simplesmente quer saber de nós. E é incrível como te tens tentado adaptar a tudo o que sentes ou que eu te mostro que não está bem...

Não sei muito bem que voltas a vida dará até lá, mas imagino-nos daqui por 10 anos a passear na praia lado a lado... E daqui por 20, e por 30, e 40... e quem sabe envelheçamos lado a lado num lar de luxo qualquer ;)

ah, para que saibas, qualquer sitio é bom para estar contigo por alguns instantes, simplesmente a compartilhar a minha existência com a tua...
Obrigada pelas flores que são: a amizade, a ternura, o carinho, a sinceridade, a companhia e a "família" .

Adoro-te Mana do meu coração!

domingo, 9 de outubro de 2011

Cartas VI

"Tenho saudades tuas... Tenho saudades do teu sorriso e das tuas brincadeiras... Sinto a tua falta... Onde andas? Não quero que te percas no meio da confusão do mundo, quero-te aqui, feliz por seres o que és...
Às vezes estou em casa ao final de um dia de trabalho e apetece-me ouvir a tua voz... apetece-me ver-vos... 
Tudo o que tem acontecido tem, claramente, fortalecido a nossa amizade mas sinto falta da leveza e facilidade de uma amizade... sinto falta de falar de tudo e de nada... de estar contigo e sentir que o ar que se respira é totalmente tranquilo e agora não é...
Queria poder passar uma tarde contigo, sentadas num sitio qualquer a partilhar confidências, parvoíces, silêncios, sorrisos, lágrimas... queria simplesmente poder estar contigo...
Mas mais do que tudo o que queria ter de ti e contigo, o principal é que quero ver-te feliz, é isso o que mais quero...
 Tens-me feito falta todos estes anos, agora que aqui estás sinto-me feliz por isso, mas preocupa-me que tudo isto nos desgaste e nos faça perder o sentido de uma amizade e nos faça esquecer de "nós" no meio do "eu" (do teu ou do meu)...
Quero que as nuvens passem, seja em que direcção for, mas quero que passem, quero começar a ver os raios de sol, por mais tempo que ele leve a aparecer na totalidade, quero pelo menos sentir que as nuvens estão a passar e agora sinto que ainda estão a chegar e que a tempestade ainda nem começou...
Queria muito ter-te abraçado hoje, queria muito ter olhado para os meus sobrinhos emprestados... vocês fazem-me bem e sinto a vossa falta...
Não quero ficar sem vocês... Não quero... 
Gosto muito de vocês, nunca se esqueçam disso!"

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Cartas V


"Hoje escrevo-te uma carta com música, essa é a vantagem de ser uma carta digital... Hoje senti-me especialmente feliz... é estranho, eu sei... Mas senti-me muito feliz. Acho que atingimos um ponto de cumplicidade incrível, acho que hoje chegámos lá...
A vida é feita de inicio e finais de encontros e desencontros e hoje acho que foi cheia de encontros. Senti que te encontraste contigo própria, que eu me encontrei em algumas coisas que andavam perdidas e mais que isso, encontrámo-nos uma à outra de uma forma muito bonita...

Sabes, na verdade acho que só hoje te perdoei... não te quis dizer, achei que te ia magoar, mas é a verdade. Foi hoje, hoje perdoei-te tudo o que aconteceu, e não não foi ao final da tarde, foi ali, dentro do meu carro, quando a minha voz tremeu, porque as lágrimas encheram os meus olhos... Hoje perdoei tudo o que me magoou, hoje fechei as feridas e não ficam cicatrizes, hoje sinto-me orgulhosa da escolha que fiz... hoje reencontrei um bocadinho de mim que andava perdido no caminho... Hoje sinto-me preparada para falar do que quiseres, do que foi bom e do que foi mau... hoje chegou o dia!


Quando olho para a minha vida, quando tenho que tomar alguma decisão que implica mudança para além de mim, tu estás também na lista de aspectos muito importantes a verificar... acho que nunca me fez tanto sentido a frase: "és eternamente responsável por aquilo que cativas"...  

Entraste há muitos anos, ficarás por muitos mais, hoje tenho a certeza que nada, nem ninguém destruirá isto... que nada, nem ninguém nos voltará a afastar... 

Hoje, é este o dia, que deves recordar... Como um dia de mudança...

Estou aí sempre, basta fechares os olhos e sentirás que tens a cabeça apoiada no meu colo e que as minhas mãos te afagam o cabelo...

GMT Mana do meu coração" 
 

sábado, 24 de setembro de 2011

cartas IV

Ternura é amar devagarinho, docemente. Dia a dia. Todos os dias.

"Esta frase traduz um bocadinho daquilo que sinto por ti... 

...amar devagarinho... para que não te assuste, para que não tenhas medo, para que te vás adaptando à minha presença e a mim, para que nos vamos moldando às necessidades de ambas... E é neste amar devagarinho que te vou conhecendo e reconhecendo, é deste forma que com outro olhar vou chegando a ti...

... docemente... apercebi-me que a doçura é mais tua que minha... a verdade e que eu deixei de ser tão doce, tão meiga como fui noutros tempos... acho que foi a vida que me transformou... claro que continuo a ter muito carinho, muita ternura... mas já não o mostro da mesma forma... já tu, passas-te a ser muito mais meiga do que foste noutros tempos e se por um lado isso me agrada, por outro deixa-me triste, porque eu já não consigo ser assim... talvez um dia o recupere...

... Dia a dia... assim tento, ainda que em alguns dias seja menos terna, também nesses dias te tento mostrar o quanto me és importante... e tento que sintas que a cada dia eu estou mais próxima, menos receosa e mais presente...

... Todos os dias... perto ou longe, mais visível ou menos visível... a minha ternura existe até nos dias em que me sinto desapontada ou magoada...

Fecha os olhos... respira fundo... venha o que vier será superado: devagarinho, docemente, dia a dia, todos os dias e contarás sempre com a minha ternura... 

Aqui, aí... ontem, hoje e amanhã... sempre ao teu lado..."

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

cartas III

Já partilhámos tanta coisa, já dissemos tanta coisa certa e errada uma à outra... já chorámos juntas, já rimos muito... já nos magoámos uma à outra e a nós mesmas... 

Tive o privilégio de te ver amadurecer, de te ver mudar... nem sempre o acompanhei de perto e isso deixa-me triste. Não consegui partilhar os bons e os maus momentos contigo... Estive aqui sempre, mas não estive aí e essa é a grande questão da amizade...

Dizemos muitas vezes: "estive sempre aqui", e então? De que vale estarmos sempre aqui e os outros estarem lá? É lá que nós temos que ir e eu não fui... houve muitos momentos em que simplesmente me deixei ficar...

Hoje arrependo-me de algumas coisas, se tivesse feito diferente talvez tivéssemos evitado muita mágoa... mas se foi assim que aconteceu é porque assim tinha que ser.




Desculpa por ser assim tão inconstante... por duvidar algumas vezes, por ser mais bruta... desculpa por não perceber que precisas de mim, nem tão pouco o que posso fazer para te ajudar... Desculpa não ter estado "lá"... Desculpa ter-te deixado ir... Desculpa dificultar ainda mais aquilo que já está difícil... e desculpa por insistir para que te abras mais... 


Lamentavelmente a vida foi-me obrigando a criar defesas e capas, hoje estou muito mais de pé atrás... e não, a culpa não é tua, mas nem sempre consigo controlar este mecanismo de defesa que é a agressividade nas palavras...

Não te tive por perto durante muito tempo e agora custa-me querer ter-te e não poder ter o quanto gostava, mas com o tempo eu vou passar a aceita-lo com maior naturalidade.

Hoje quero que saibas que vou estar para sempre aí, e que a cada noite me levas contigo para te guardar o sono e que a cada manhã me levas para te dar força para mais um dia. Hoje passo a dizer "estou sempre aí" e não "estive sempre aqui"... 

Perdoa-me as minhas falhas e se algum dia sentires que te estou a abandonar acredita que não estou... que longe ou perto, estarei sempre (para sempre) aí ao pé de ti...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Cartas II


"Adeus...

Adeus aos sonhos, adeus à esperança, adeus a tudo... de nada vale continuar a lutar quando apenas perco... 
A vida é demasiado cruel. 
Passo a vida a perder os que amo sem tão pouco perceber porquê... sem poder fazer nada... simplesmente tenho que os deixar porque sim... porque a vida não me deixa outra alternativa.
Sinto como se eu fosse uma maldição...  como se depois de me aproximar das pessoas lhes causasse uma grande dor e lhes trouxesse um mundo de problemas.
Depois de olhar para tudo o que tem acontecido à minha volta o problema só posso ser eu, porque se repete com tudo e com todos dia após dia...

Não quero mais continuar nesta luta desgastante e que causa dor a tanta gente...

Desisto de viver... deixo-me ficar... deixo passar os dias... sozinha, em mim... sem ti... sem ninguém... longe dos outros não lhes causo sofrimento...

Talvez este seja o meu caminho, a solidão..." 

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Cartas I

Hoje dou inicio a esta nova categoria... (a pedido de alguém...)

" Cara Mana do meu coração,
Há uns anos trocámos algumas cartas e postais escritos à mão, lembraste? Ainda os tens? Acabei de ler os que tinha aqui em casa... Já se passou tanta coisa... Já vivemos tanto... Já partilhámos tanto... As nossas vidas mudaram muito...
 Mesmo depois de tudo o que já se passou hoje volto a escrever para ti e ainda assim queres saber o que me motiva a ser tua amiga? Queres mesmo? Tudo bem, eu explico....

Um dia andava eu a passear pela vida e dei de caras com um anjo, um anjo diferente dos outros... não tinha uma expressão angelical, nem asas... Mas tinha uma mística que não sei explicar... A verdade é que esse anjo foi ficando, dia após dia... e sabes? Achei-lhe piada, deixei-o ficar...

Este anjo és tu... és tu que me conheces como poucos, és tu que num minuto me fazes chorar e no outro me fazes rir... és tu que me compreendes, me apoias e dizes sempre da maneira certa (ainda que às vezes aches que não) o que eu preciso de ouvir.

A ti que tens a capacidade de ser um dos seres humanos mais especiais que eu conheço, que tem um coração muito maior e muito melhor do que aquilo que tentas fazer o mundo acreditar... a ti que me conquistaste e me desafias constantemente... a ti que és a minha mana... que és uma das pessoas de quem mais gosto... que és um dos meu pilares e me sustentas quando me dói a alma e me fazes rir quando me falta o sol... só posso dizer: GMT.

Um dia vem o sol, um dia vem a chuva, um dia caem as folhas, um dia nasce a vida.... um dia o meu anjo vai voar para longe, mas nunca o longe será suficientemente distante para que eu deixe de o sentir ao meu lado...

Poucas coisas me são tão importantes como tu."