quarta-feira, 2 de maio de 2012

Eu VII

Há frases que nós lemos e nem as pensamos... Aceitamos sem reflectir no que elas querem dizer, ou no que dizem efectivamente. 

Deparei-me com um: "Sabemos que não ia dar"

Perante esta frase que poderia pensar-se que é só uma frase, perdi alguns minutos da minha tarde, parada no transito a pensar no que ali estava escrito.

Sabemos quem?! Eu e tu? Não, tu passaste a dizer que sabíamos, mas eu nunca soube... porque nunca tentei e não dou por perdida uma batalha em que não entro.... Posso é decidir não entrar, mas isso não quer dizer que não ia dar certo, quer apenas dizer que não quero perceber se pode ou não...

Ou por outro lado, serás tu e a tua consciência que o sabem?! Aqui já percebo, mas assim, deverias ter escrito antes " Não podemos arriscar perceber se pode dar certo"

No fundo, acho que afirmamos demasiado cedo coisas que não conhecemos, que não experimentamos... Rotulamos dentro de nós como impossíveis, como não alcançáveis sem antes tentarmos... Não quero com isto dizer que devemos tentar sempre, apenas quero dizer que caso se decida não tentar então é isso que se deve dizer e não afirmar-se que não vale a pena tentar porque não vai dar certo... Sem experimentar não podemos afirmar tal coisa... e muitas vezes até depois da experiência se fica na dúvida... porque a concretização positiva ou negativa de uma experiência depende de tanta coisa... Contexto, ambiente, circunstâncias, tempo, momentos...

Por último, permite-me refazer a tua frase:

"Sabemos que não devemos tentar perceber se daria certo" ou antes "Porque eu não quero voltar a pensar se poderia ou não dar certo"... 

Chama-me louca, mas eu ainda acredito que poderia dar certo, se conseguíssemos ser nós e não ser quem a sociedade nos impõe sermos... Mas respeito que não concordes comigo... 

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