
Passa o dia a ansiar que chegasse a noite, tinham combinado tudo por alto. O dia passa, lentamente, chega a noite e nada... espera que ele lhe ligue, lhe envie uma mensagem, mas nada acontece. Até que o telefone toca e é ele.
Ele -"onde estás?"
Ela - "em casa, onde nos encontramos"...
E assim combinaram um ponto de encontro, ele foi busca-la, foram no carro dele até casa dele...
Entraram, ele tinha passado os últimos dias fora de casa, por isso ela ajudou-o a organizar tudo e foram trocando algumas caricias e algumas recordações daquilo que foram as suas vidas na infância e na adolescência. Sim, conheceram-se já adultos e as suas origem era muito diferentes...
As horas foram passando, as músicas que ele lhe ia mostrando iam passando uma depois da outra... a casa ficou organizada e a musica ficou mais baixa...
Passaram a noite juntos, sem promessas, ele disse-lhe dezenas de vezes naquela noite que não a queria magoar e que não iriam ter uma relação, mas ela queria provar a si mesma que conseguia ser feliz assim...
Mal passaram pelo sono, nas primeiras horas da manhã ela diz-lhe que não pode ficar até muito tarde... ele levanta-se vai tomar banho, volta e ela estava a dormitar enrolada nos lençóis... ele diz-lhe "princesa agora é que dormes?"... ela abriu os olhos, olhou para ele e sentiu que foi feliz naquela noite...
Ele levou-a a casa, deixou-a longe o suficiente para não serem vistos juntos. Depois dessa noite só voltaram a falar meses depois...

O tempo foi passando e hoje são amigos, ele não sabe o que aconteceu, não sabe nem nunca saberá que naquela noite conceberam uma criança que não chegou a nascer... não sabe que a história deles foi mais que umas saídas, umas conversas e uma noite... Nunca entenderá quando ela lhe diz que a amizade deles nunca será "normal"...
Hoje ele tem uma relação estável com outra pessoa e ela... Ela ainda está a tentar voltar a gostar de si mesma e a procurar forma de voltar a confiar nos outros... Já não tem raiva de si própria, só por de vez em quando ainda ter saudades dele... mas assim como vêm, vão... e fica-lhe o sabor amargo de sentir que pode nunca mais voltar a ter um ser dentro de si...
Sem comentários:
Enviar um comentário