sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Dias VI

Um dia vou escrever-te uma carta de despedida
Hoje, agora, é o dia.

"Pensei não te dizer mais nada, simplesmente deixar-te morrer dentro de mim... Ontem quando envias-te um email a perguntar: não me vais falar mais?, simplesmente o apaguei... Hoje quero escrever uma carta de despedida. Não porque a mereças, mas porque eu a quero escrever.
Talvez não saibas, mas entre encontros e  desencontros que povoaram todos estes anos eu nunca apaguei nenhum email entre nós trocado, nunca... mantinha-os todos desde que te foste embora... ontem, ontem apaguei-os; assim como o teu número, assim como te retirei da minha rede social, assim como apaguei todas, mas mesmo todas, as mensagens que trocámos...   

Ontem não precisei apagar-te do meu coração, porque simplesmente desapareceste... assim, sem pensar, sem sentir...

Achas que chorei? Pois estás enganado... nem uma lágrima... 

Um dia perguntei-te se te irias manter afastado para sempre e tu respondeste que para sempre era muito tempo que só precisavas de algum tempo para que tudo acalmasse... Pois bem, para sempre é pouco tempo para que eu consiga voltar a querer saber quem és... 
Não, não vou negar tudo o que vivemos e o quanto te amei... simplesmente... tudo passa... 

Ontem foi o ponto sem retorno, o ponto do caminho onde nunca mais poderás voltar e voltar a escolher... 
Não haverá "um dia"... Não "falaremos daqui por uns anos"...

Morreste para mim." 

 


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