domingo, 16 de setembro de 2012

Porquês XVII

Olhar para o passado e perceber o que fomos, quem fomos, o que fizemos, o que sonhámos, o que acreditámos que seria o futuro é estranho... mas é um estranho sem um sabor mau... mas também não é um sabor bom... é um sabor... um sabor engraçado... 

Nostalgia de um passado partilhado com pessoas que se forma perdendo e que mais tarde se poderão reencontrar... 

Reencontros inesperados, e inesperadamente desconfortáveis. 

Porque é que tentar voltar a trazer pessoas do passado para o presente é tão difícil? Talvez porque as pessoas mudem e não consigamos assimilar facilmente essas mudanças, talvez porque seja difícil de aceitar que já não somos quem éramos para aquelas pessoas e como tal já não temos o mesmo espaço na sua vida...    

Há momentos em que parece que o passar do tempo não se fez notar e o reencontro é fácil de acontecer, por outro lado, há momentos em que se sente que o tempo torna as pessoas estranhas umas perante as outras...

Porque há momentos em que o passado volta ao presente e nos baralha as ideias, deixando no presente as sombras do passado dificultando ver o que há para além delas... 

Dois estranhos, que um dia forma parte da existência um do outro e que no futuro serão... talvez o resultado das sombras do passado com um respingar de tentativas falhadas de reaparecer no presente... porquê?

sábado, 15 de setembro de 2012

Partilhas XXXV



"Reciprocidade!
É isso que faz as coias darem certo. Na atenção, no carinho, na lembrança, no amor..."



sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Dias XXIII


"Um dia voltamos para casa"

Neste conjunto de subidas e descidas que é esta vida saboreamos muito pouco a sensação de estar a voar ou a cair. 
Caminhamos dia após dia freneticamente em busca de quê? Muitas vezes em busca de nada, caminhamos porque todos o fazem. 

Há um tempo que medeia o inicio e o fim. Quanto é, não sabemos, nem de que forma o vamos viver, resta-nos viver tendo sempre por meta aquilo que são os nossos objectivos maiores. E estes objectivos não devem ser o dinheiro, o trabalho, a carreira... (Sim, eu estou a dizer isto...) São talvez, o amor, a amizade, o carinho, a sinceridade, a partilha... 

Na verdade, antes de chegar o dia de voltar para casa, esteja ele perto ou longe e isso eu não consigo saber, apenas quero sorrir até ao fim...



"Somos todos visitantes deste tempo, deste lugar. Estamos só de passagem. 
O nosso objectivo é observar, crescer, amar...
E depois vamos para casa."




quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Eu VIII

Ninguém é perfeito, e claro está não sou diferente... 

Tenho mau feitio, reconheço-o e digo-o muitas vezes... Mas na verdade também tenho bom coração (penso eu) e raramente mantenho zangas por mais de umas horas... 

Sou precipitada, tomei consciência disso mais recentemente, sou-o mais na vida pessoal do que na profissional;

Sou persistente, o que pode ser bom ,mas também pode ser mau... 

Tenho dificuldade de desistir do que quero mesmo, do que me faz sentido...

Estas últimas semanas têm sido especialmente difíceis, o grau de exigência, a pressão, as más notícias no mundo profissional acumulam-se umas depois das outras...  A verdade é que estou muito mais frágil e por isso acabo por reagir de forma mais agressiva com quem, provavelmente não merece... Coisas pequenas passam a grandes... coisas simples a complicadas... 

Sempre o fiz, e sei que é errado, mas descarrego em quem mais me toca e muitas vezes menos culpa tem do que se passa.

Queria conseguir dizer "DESCULPA" a quem ainda agora chegou e já teve que aturar este mau feitio. Queria dizer que consigo ser mais paciente e tolerante... que consigo ser bem disposta e compreensiva... Mas sei que às vezes as atitudes valem mais que as palavras... 

Queria apagar as últimas semanas... e começar de novo com bem mais boa disposição... 

domingo, 2 de setembro de 2012

Cafés XX





"Eu pergunto-me até que ponto tu és aquilo que eu vejo em ti ou apenas aquilo que eu quero ver em ti... queria saber até que ponto tu não és apenas uma projecção do que eu sinto." 





A ousadia do convite, transformou-se na incerteza da sua concretização... Pela forma pouco reflectida como  o desenrolar dos dias foi sendo vivido e transmitido...

Ainda assim, um café poderia ajudar a dar resposta a muitas perguntas e poderia ajudar a perceber o que foi, o que é e o que poderá vir a ser.

Bom, se nada mais servir como pretexto que seja a comemoração de uma data que já passou mas que a distancia não permitiu a concretização do festejo partilhado...

Ah, e permito que escolhas o sitio...

Senhor do sorriso encantador e da voz meiga,  aceita tomar café comigo e mostrar-me afinal quem é? :)

Encontros XIII

A vida é um conjunto de caminhos que se vão cruzando, de entradas e saídas, umas maiores outras mais pequenas, é um corrupio constante de pessoas que vão ficando mais ou menos tempo no nosso caminho… São dias que se seguem uns aos outros muitas vezes sem que lhes seja dada grande importância e na verdade “nada acontece por acaso”… Todos os dias, todos os segundos acontecem por um motivo e não voltam a repetir-se, (verdade?) …

Há momentos em que se para e tenta adivinhar porque é que algumas pessoas que queríamos que tivessem ficado foram embora e porque é que outras que queríamos que tivessem ido embora ainda cá estão. Vamos olhando para os nossos comportamentos e percebendo os erros que fomos repetindo, as falhas que fomos mantendo com o passar do tempo e das pessoas... 

Na vida há encontros que não valorizamos, percebemos que acontecem, por vezes até sorrimos e temos algum pensamento mas no corre-corre dos dias, os pensamentos, entram na "caixa de assuntos pendentes" e ficam por lá a pairar até que algum acontecimento os reactive. 

Encontrei-te algures num momento em que a minha e a tua atenção estavam apontadas noutro sentido. Lembro-me de te ter encontrado a sair no dia em que entrei pela primeira vez... lembro-me de ter pensado "quem será!?", lembro-me de ter feito um registo algures na minha mente como um ser "bom"...

Sei que nos encontros pontuais que se foram seguindo, fui recolhendo informações e sensações, sei que a cada encontro a curiosidade era maior, sei que a cada dia eu esperava um reencontro (sem desfocar do meu principal objectivo, claro está)... 

O encontro sem olhares aconteceu de forma surpreendentemente fácil, simples e agradável...  

Mas o desencontro dos caminhos deixou distante e confuso aquilo que estes encontros poderiam ter trazido... Talvez a ansiedade do encontro, talvez o medo da distancia, talvez a sensação de que a aproximação tinha acontecido "tarde de mais" tenha feito com que um encontro sem olhares que até me pareceu feliz se tenha transformado num desencontro infeliz... 

Há encontros assim... propostos tarde de mais... Será que este foi um deles?